Mark Tullius Cicero (106 aC. Graças ao seu talento oratório, fez uma carreira brilhante (vinha de uma família comum), ingressando no Senado e tornando-se cônsul. Foi um dos mais brilhantes defensores da manutenção do sistema republicano, pelo qual pagou com a vida.
Cícero deixou uma vasta herança literária, uma parte significativa da qual sobreviveu até hoje. Já na antiguidade, suas obras ganharam fama de padrão em termos de estilo, e agora são a fonte de informação mais importante sobre todos os aspectos da vida de Roma no século 1 aC. e.
As numerosas cartas de Cícero tornaram-se a base da cultura epistolar européia; seus discursos, especialmente os Catilinários, estão entre os exemplos mais marcantes do gênero. Os tratados filosóficos de Cícero são uma exposição única e abrangente de toda a filosofia grega antiga, destinada aos leitores de língua latina e, nesse sentido, desempenharam um papel importante na história da cultura romana antiga.
Existem muitos fatos interessantes na biografia de Cícero, dos quais falaremos neste artigo.
Portanto, antes de você está uma curta biografia de Mark Tullius Cicero.
Biografia de Cícero
Cícero nasceu em 3 de janeiro de 106 AC. na antiga cidade romana de Arpinum. Ele cresceu e foi criado na família do cavaleiro Mark Tullius Cicero e sua esposa Helvia, que tinha uma boa formação.
Quando Cícero tinha cerca de 15 anos, ele e sua família se mudaram para Roma, onde puderam obter uma boa educação. Sonhando em se tornar um orador judicial, ele estudou poesia e literatura grega com grande interesse, e também estudou retórica de oradores proeminentes.
Mais tarde, Marcos estudou direito romano, dominou perfeitamente a língua grega e se familiarizou com vários conceitos filosóficos. É importante notar que ele gostava de dialética - a arte da argumentação.
Por um tempo, Cícero serviu no exército de Lucius Cornelius Sulla. No entanto, ele mais tarde retornou ao estudo de várias ciências, não tendo muito interesse em assuntos militares.
Literatura e filosofia
Em primeiro lugar, Mark Tullius Cicero mostrou-se um orador de primeira classe, graças ao qual conquistou grande respeito dos seus compatriotas. Por isso publicou muitas obras, de uma forma ou de outra relacionadas com a eloqüência.
Em seus escritos, Cícero deu conselhos práticos sobre como fazer discursos para uma audiência e expressar habilmente seus próprios pensamentos. Tópicos semelhantes foram revelados em obras como "O Orador", "Na Construção da Fala", "Em Encontrar o Material" e outras obras.
Cícero introduziu muitas novas idéias destinadas ao desenvolvimento da retórica. Segundo ele, um bom orador precisa saber não só falar lindamente diante do público, mas também ter um grande acervo de conhecimentos, estudando história, filosofia e jurisprudência.
Também é importante que o palestrante mantenha um senso de tato e tenha contato com o público. Ao mesmo tempo, a consistência é muito importante, que é um dos principais componentes da oratória. No caso de um retórico usar conceitos novos ou pouco conhecidos, ele deve usá-los de forma que sejam claros até para as pessoas comuns. Não há nada de errado em usar metáforas, mas elas devem ser naturais.
Outro fator importante para o orador, Cícero chamou a habilidade de pronunciar palavras e frases de maneira correta e clara. Discursos perante políticos ou juízes devem ser estruturados. Por exemplo, usar piadas pode não ajudar a transmitir sua mensagem, mas em algumas circunstâncias tornará sua fala mais natural.
O retórico deve “sentir” o público, fazendo pleno uso de seu talento e conhecimento acumulado. Cícero aconselhou não começar a falar em um surto emocional. Ao contrário, é melhor deixar as emoções no final da apresentação. É assim que você pode obter os melhores resultados.
Mark Tullius Cicero recomendou que todos leiam o máximo de obras possível. Graças a isso, a pessoa recebe não apenas conhecimento, mas também aumenta o nível de domínio da palavra.
Um fato interessante é que Cícero chamou a história não de ciência, mas de uma espécie de oratória. Em sua opinião, a análise de eventos passados não é tão importante. A tradicional listagem de acontecimentos históricos não desperta o interesse do leitor, pois para ele é muito mais divertido conhecer os motivos que levaram as pessoas a realizar determinadas ações.
Ideologia política
Os biógrafos de Cícero observam sua contribuição significativa para a teoria do estado e do direito. Ele argumentou que todo funcionário deve estudar filosofia sem falhar.
Apresentar-se ao público tornou-se um hábito para Cícero já aos 25 anos. Seu primeiro discurso foi dedicado ao ditador Sila. Apesar do perigo de julgamento, o governo romano não perseguiu o orador.
Com o tempo, Mark Tullius Cicero estabeleceu-se em Atenas, onde explorou várias ciências com grande zelo. Só depois da morte de Sila ele voltou a Roma. Aqui, muitos começam a convidá-lo como advogado em processos judiciais.
Os pensamentos gregos estavam no topo das opiniões políticas de Cícero. Ao mesmo tempo, a lei romana era muito mais aceitável para ele. Em sua obra "Sobre o Estado", o filósofo argumentou que o Estado é do povo.
Segundo o homem, a República Romana precisava de um governante que pudesse resolver pacificamente as contradições que surgiam entre o povo. Ele reagiu negativamente à forma de poder introduzida por Otaviano Augusto. O filósofo era partidário do sistema republicano, cujas idéias eram contrárias ao princeps.
A propósito, princeps na República Romana significava senadores que foram listados em primeiro lugar na lista do Senado e os primeiros a votar. Começando com Otaviano, o título "Príncipe do Senado" denotava o detentor do poder único - o imperador.
O conceito de um líder supraclasse ainda provoca discussões acaloradas entre os cientistas políticos. Por muitos anos de sua biografia, Cícero esteve em busca de leis ideais destinadas a preservar o Estado. Ele acreditava que o desenvolvimento do país ocorre de duas maneiras - morre ou se desenvolve.
Para um estado florescer, é necessária uma estrutura legal ideal. Em sua obra "Sobre as Leis" Cícero apresentou em detalhes a teoria do direito natural.
Pessoas e deuses são iguais perante a lei. Mark Tullius considerava a jurisprudência uma ciência difícil que mesmo os retóricos judiciais não podiam dominar. Para que as leis comecem a se assemelhar à arte, seus autores devem usar a filosofia e as teorias do direito civil.
Cícero disse que não há justiça no mundo e que após a morte cada pessoa será responsável por seus atos. Um fato interessante é que o palestrante não aconselhou a obedecer exatamente à lei, pois isso inevitavelmente leva à injustiça.
Essas opiniões levaram Cícero a exigir um tratamento justo para os escravos, não diferente dos trabalhadores contratados. Após a morte de César, ele apresentou o diálogo “Sobre a Amizade” e a obra “Sobre Responsabilidades”.
Nessas obras, o filósofo compartilha suas reflexões sobre a queda do sistema republicano em Roma. Muitas das frases de Cícero foram analisadas em citações.
Vida pessoal
Cícero foi casado duas vezes. Sua primeira esposa foi uma garota chamada Terence. Nessa união, o casal teve uma menina Tullia e um menino Mark. Morando juntos por cerca de 30 anos, o casal decidiu partir.
Depois disso, o orador se casou novamente com o jovem Publius. A menina estava tão apaixonada por Cícero que até teve ciúmes dele por sua enteada. No entanto, esse casamento logo se desfez.
Morte
Após o assassinato de Júlio César, o filósofo acabou nas listas de proscrição por atacar regularmente Marco Antônio. Como resultado, ele foi reconhecido como inimigo do povo e todos os seus bens foram confiscados.
Além disso, foi anunciada uma recompensa pelo assassinato ou extradição para o governo de Cícero. O orador tentou fugir, mas não teve tempo. Mark Tullius Cicero foi morto em 7 de dezembro de 43, aos 63 anos.
Os assassinos alcançaram o pensador não muito longe de sua propriedade em Formia. Vendo as pessoas o perseguindo, o homem ordenou aos escravos que colocassem o palanquim no chão, dentro do qual ele estava. Depois disso, Cícero enfiou a cabeça para fora da cortina e preparou o pescoço para a espada dos perseguidores.
É curioso que a cabeça e as mãos decepadas do filósofo tenham sido levadas a Antônio e colocadas no pódio do fórum.
Foto de Cicero